quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Coração de quem ama

A finalidade maior deste Blog, além de edição dos meus trabalhos, é divulgar uma forma nova de interação pelo poder da palavra. É este o meu pensamento desde o começo.
Hoje eu publico um trabalho de uma amigo de faculdade, espero que vocês gostem desta bela manifestação de amor e carinho:

O CORAÇÃO DE QUEM AMA

O coração de quem ama,
É noite sem brisa fria,
É lua sem claridade,
É cofre grande e seguro,
Pra guardar qualquer quantia.

É cofre de fantasia,
É casa de desventura,
É brasa de fogo quente,
O amargo gosto do fel,
É túmulo de amargura.

É a bússula que procura,
Desvios pra não ver dor,
Espaço belo e seguro,
É polém que tem na flor,
É o barco que nos guia,
No oceano do amor.

É quadro sobrando cor,
É carro sem direção,
É um bebado no volante,
Andando na contra mão,
Sem freios nas quatro rodas,

No veículo da paixão.
É contra a traição,
É um cálculo desmedido,
Que quando traem agente,
O nosso fica ferido,
Que o coração de quem ama,
Nunca trai sem ser traído.

E quando ele é traído,
Em outros as vezes se ampara,
O espelho alheio reflete,
A decepção tão rara,
E deixa grandes feridas,
Que só o tempo é quem sara.

Um grito que nos ampara,
Da tristeza mansa e calma,
O popular "chifre" chega,
E todo mundo tem trauma,
Que nos enfeita a cabeça,
E fere dentro da alma.

É brisa serena e calma,
É voto sem ter aprovo,
Forte como diamante,
E fraco igualmente um ovo,
Quando termina um sofre,
Começa tudo de novo.

Reclam igualmente um povo,
Em prol dum objetivo,

É filme sem gravação,
É espetáculo ao vivo,
E quem briga por amor,
Reclama tendo motivo.

Em prol dum objetivo,
É metrópole e é favela,
É paz e tranquilidade,
É órgão que se flagela,
Que um ex-amor não mata,
Mas deixa grande sequela.

É moldura duma tela,
É data sem cronograma,
É um menino birrento,
Que a toda coisa reclama,
É uma simples moldura,
Do coração de quem ama.

É ácido contendo a chama,
Que corrói sem causar dor,
É a coisa melhor da vida,
É paz no interior,
Duvido alguém ser feliz,
Sem nunca ter um amor.


Rui Vicente e Muniz.
IV Semestre - Letras - Noite